Secretário afirma que PSD tem direito a postular cargo majoritário

O titular da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Cidades, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos (Secima) e ex-deputado federal Vilmar Rocha (PSD) afirma, em entrevista ao DM Online, que seu objetivo político para o futuro é o governo de Goiás.
O ex-deputado federal diz que pretende disputar a vaga junto a outros pretendentes, caso do tucano e vice-governador José Eliton.
O secretário usa o discurso da antiguidade e lealdade ao grupo para legitimar sua pretensão.
Vilmar Rocha acredita que sua experiência e currículo eleitoral, com várias vitórias nas urnas e bom desempenho na disputa para o Senado, em 2014, o credencia a se posicionar para as eleições de 2018.
“Eu não só estou na base, eu construí a base. Vou repetir: eu ajudei a construir essa base. Isso é forte. De todos os políticos, fui o único a ir para o sacrifício político, quando em 2006 não apoiei a candidatura do Demóstenes”, diz Vilmar.
Para o político, o PSD tem legitimidade para provocar a base e convencer o PSDB a abrir mão do comando do grupo político: “Como todos partidos da base é legítimo que tenhamos nossos projetos e lutemos para participar da eleição majoritária. PTB, PSDB, o PP, o PSB, o PPS, todos estão nesta situação. Considero normal e legítimo que todos nós tenhamos pretensões e projetos para eleição majoritária e proporcional”.
Para Vilmar Rocha, o governador Marconi Perillo foi correto ao lançar José Eliton como candidato da base: “Marconi é inteligente e democrático. E quando lançou o nome do vice-governador, ele lançou o candidato do PSDB. Não falou que era o candidato da base. E foi correto”.
Para Vilmar, as legendas decidirão os nomes majoritários na convenção. Ele acredita que pesquisas e capacidade de agregação devem ser importantes na disputa: “Não podemos acreditar apenas em pesquisas. Tiro por base a minha lição em 2014: três dias antes da eleição, as pesquisas me davam com 19% e terminei com o dobro. As pesquisas me prejudicaram na campanha. Por isso acredito que devemos avaliar também a capacidade de agregação, credibilidade, enfim, quem tenha, de fato, um discurso para o futuro”.
Vilmar diz que não será candidato de continuísmo. Para ele, o que é bom da base deve permanecer e outras políticas públicas podem ser aperfeiçoadas e adequadas aos novos tempos, já que a própria base tem o poder de amadurecer suas práticas de gestão.

FATOR MAGUITO
Vilmar nega que tenha uma aproximação política com Maguito Vilela (PMDB) tendo em vista a disputa de 2018.
Cogitam-se duas situações para este cenário: que Maguito Vilela deixe o PMDB e entre para o PSD e postule uma vaga ao Senado Federal ou ao Governo de Goiás. Outra hipótese especulada é que o PSD deixe a base e caminhe com uma das candidaturas do PMDB.
Vilmar nega todas as especulações: “Existe claramente uma má interpretação das conversas que temos realizado. Sempre defendi diálogo, inclusive com o PMDB. Aliás, tivemos excelente diálogo com o Maguito. Agora, não passou disso. Não existe nenhuma destas especulações quanto a chapa. Isso é só no futuro. Não convidei ele, não falamos de eleição, nem nada disso”, diz.
Todavia, Vilmar elogia o peemedebista quando se faz referência ao fato dele assumir que abandonou a política: “Não acredito que Maguito pendurou as chuteiras, fez boa administração em  Aparecida de Goiânia. Uma pessoa assim não pode ir para a casa”.
O líder do PSD goiano é o terceiro a indicar que pretende disputar o governo de Goiás. A senadora Lúcia Vânia (PSB) tem atuado nos bastidores para viabilizar seu nome ou da filha Ana Carla Abrão.

– Da Redação com DM DIGITAL.