Segundo o Engenheiro Civil Maurílio Messias não há risco de desabamento
Para muita gente significa uma grande preocupação o fato da Ponte sobre o Rio Maranhão transformado em Lago Serra da Mesa por Furnas Centrais Elétricas na década de 1990, dando origem a uma das maiores hidrelétricas do Brasil, localizada na GO-237, rodovia a qual liga os Municípios de Uruaçu e Niquelândia, ter apresentado uma ruptura (vão de abertura) com cerca de 20 centímetros.
Segundo o engenheiro civil atuante predominantemente em Uruaçu, a mesma ‘rasgou’ devido ao desgaste natural em função de intempéries ao longo de todo o tempo desde a sua conclusão. Ainda segundo o engenheiro, que esteve inloco, conferindo o fato, nos apoios da viga de suporte do tabuleiro da ponte não há sinal de deslocamento horizontal das vigas principais do vão entre a sexta e sétima seção da ponte e sendo assim, não há risco eminente de desabamento. Doutor Maurílio concedeu entrevista ao Jornal da Liberdade (Rádio Liberdade AM 1.320), apresentado por este que vos escreve, na terça-feira (1º de agosto) e relatou com linguagem técnica e popular que a estrutura ‘rasgou’ devido ao desgaste natural, em função de intempéries ao longo de todo o tempo desde a sua conclusão, há cerca de 20 anos.
Relatos do Engenheiro Civil Maurílio Messias:
“Caros colegas. Fui lá ponte sobre o Lago Serra da Mesa daqui de nossa cidade a título de curiosidade. E constatei que a junta de dilatação realmente está danificada com uma abertura de 25 cm. Na minha opinião preliminar, pude concluir que a mesma rasgou devido ao desgaste natural em função de intempéries ao longo de todo o tempo desde a sua conclusão; também notei que nos apoios da viga de suporte do tabuleiro da ponte não há sinal deslocamento horizontal das vigas principais do vão entre a sexta e sétima seção da ponte. Agora a ponte corre risco de entrar em colapso: NÃO! A função da junta (que na maioria a mesma é constituída de um material polímero) é de aliviar as várias tensões e forças que atuam sobre a ponte, esforços internos e externos. A mesma também tem a função de evitar o acumulo detritos, lixo, pedra, areia entre entre outros materiais nesse espaço. Agora, cabe ao departamento de estradas de nosso Estado cuidar de refazer o serviço da junta de dilatação, pois a falta da mesma causa desconforto de tráfego, pois o vão da abertura desta junta é de 25 cm, podendo ocasionar risco de acidente de transito no percurso. Pois existe o risco, por exemplo de um pneus em má conservação não suportar o impacto na junto, podendo vir a estourar, entre outros riscos… De forma preliminar essas são minhas conclusões. Agora, na minha opinião pessoal para ter um laudo conclusivo, cabe vir uma equipe técnica da AGETOP para fazer uma vistoria no local, e através de uma análise estrutural da ponte completa ter mais detalhes específicos da mesma”. Disse o Engenheiro Civil Maurílio Messias. A AGETOP (Agência Goiana de Transportes e Obras) foi avisada sobre o problema na ponte e reagiu dizendo de um prazo de 30 dias está realizando uma visita técnica a fim de fazer um levantamento da real situação da obra, para que sejam feitos os reparos necessários.
– Por Motta Filho.