Uruaçu não está incluída

Diminuição da vazão nos mananciais em razão da estiagem nesta época do ano e aumento do consumo eleva chance de desabastecimento, como ocorreu no ano passado.

Em mais um ano de poucas chuvas e alto consumo de água em Goiás, 67 cidades do Estado podem sofrer com o desabastecimento de água. A lista consta de relatório feito em meados de junho a pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), que cobrou transparência da companhia de modo a permitir que a população possa saber com antecedência quando ficará sem água, justamente para não haver a surpresa, como aconteceu no período de estiagem do ano passado.

O pedido partiu do coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, promotor Delson Leone Júnior, no dia 8 de junho.

De acordo com a estatal, o relatório “apresenta, ao Ministério Público, as ações planejadas pela Saneago no sentido de reforçar o abastecimento público para atenuar os efeitos do período de estiagem”.

A Saneago reforça ainda que “no momento, não existe risco de desabastecimento de água tratada em Goiás”. Informa também que a “companhia monitora atentamente a situação dos mananciais e reservatórios na capital e no interior; e além disso, tem promovido ações visando a regularidade do abastecimento de água”.

Em 2017, pelo menos 19 cidades registraram falta de água, incluindo Goiânia, com 84 bairros.

O promotor pediu a relação “dos municípios goianos atendidos pela Saneago com maior probabilidade técnica de sofrerem os efeitos da indisponibilidade hídrica para o abastecimento humano, em especial no período de estiagem do ano em curso”.

O ofício foi respondido no dia 20 de junho, com assinatura do presidente da empresa, Jalles Fontoura de Siqueira, com a relação “identificando as regiões/bairros com probabilidade de desabastecimento e as medidas corretivas planejadas ou em andamento visando minimizar os eleitos do período de estiagem nas cidades afetadas”.

Ao todo, são oito cidades na Região Metropolitana de Goiânia, incluindo a capital e Aparecida, sete municípios no Entorno do Distrito Federal (DF) e outras 52 cidades do Estado.

As razões para o desabastecimento são a redução na vazão dos mananciais utilizados para abastecer as cidades, redução do nível lençol freático e o aumento do consumo por parte da população nesta época do ano. Além disso, no geral, a empresa propõe a interligação de poços perfurados, o uso de caminhões-pipa, trabalho de controle de perdas e a realização de manobras no sistema (desligamento em determinadas regiões) para conter o desabastecimento.

– Da Redação: Motta Filho (DRT-GO: 3001).
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