Estilo de vida saudável com boa alimentação e atividade física reduzem os níveis da substância que, quando elevada, pode causar doenças cardiovasculares
Araguaína (TO) – Você sabe dizer como está o seu colesterol? Tem feito o acompanhamento sistemático das taxas? Essas perguntas podem ser o ponto de partida para a investigação sobre os níveis dessa substância, que, quando está elevada, vira fator de risco para as doenças que mais matam os brasileiros: as cardiovasculares. O assunto é tão importante que tem até uma data dedicada, o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, celebrado hoje, 8 de agosto. Especialista do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT) explica sobre o assunto. O HDT é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
O colesterol, quando elevado (hipercolesterolemia), aumenta a incidência de Acidente Vascular Cerebral (AVC), de morte súbita e de doença coronariana porque ele se acumula nas artérias causando o entupimento ou a redução da passagem do sangue para os órgãos e tecidos. Tem dois tipos: o LDL, conhecido como “colesterol ruim”, e o HDL, o “colesterol bom”.
“Na maioria das vezes, o colesterol alto é uma condição silenciosa, sem sintomas, sendo o diagnóstico feito por exame de sangue. Mas, em algumas situações de excesso grave e prolongado, podem surgir nódulos amarelados na pele, os xantomas, e manchas amareladas ao redor dos olhos, os xantelasmas. Já sintomas como falta de ar, dores no peito e nas pernas não são diretos do colesterol alto, mas sim do problema que ele ocasiona ao obstruir as artérias, o que pode gerar o infarto”, explica a cardiologista do HDT Alinne Macambira.
O colesterol é a gordura essencial para o funcionamento do organismo, presente nas membranas celulares e usado na produção de vários hormônios, vitamina D e ácidos biliares. Cerca de 70% dessa substância é produzida pelo organismo, no fígado, enquanto os outros 30% vêm da dieta e dos hábitos. Daí, a importância de um estilo de vida saudável.
“Prevenir é se movimentar. É ter atividade física, adotar uma dieta saudável e equilibrada, diminuir o consumo de gorduras trans e saturadas, evitar o excesso de álcool, parar de fumar”, ensina Alinne Macambira.
A médica comenta que “as causas do colesterol alto resultam de uma combinação de fatores genéticos e de estilo de vida, principalmente marcado por uma alimentação com excesso de gorduras trans e saturadas, sedentarismo, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool”.
Quando necessário, medicamentos sob prescrição e acompanhamento médico são adotados no tratamento das pessoas com o colesterol elevado.
Sobre a Ebserh
O HDT-UFT faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
